IVG
Perdeu-se hoje na Assembleia da República uma oportunidade para resolver de uma vez por todas a questão da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. O referendo caso venha a realizar-se servirá apenas para adiar o problema. Os cidadãos irão votar, o referendo não será vinculativo e obrigará a que o assunto fique arrumado no esquecimento durante mais uma série de anos. O PS não está interessado em resolver o problema, apenas quer poder afirmar que o tentou resolver, porque sabe à partida que será muito difícil a aprovação do referendo. Chuta-se para canto como já tinha feito o Eng. António Guterres. Querem saber a opinião dos Portugueses, afirmam. Não ficou já clara essa opinião no anterior referendo? A maioria dos portugueses está-se pura e simplesmente nas tintas para o problema. Muitas vezes nem se distingue que se é contra o aborto e não contra a despenalização. O Deputado António Filipe teve hoje uma intervenção muito boa sobre o tema na Assembleia, pena que são cada vez menos a ouvir os nossos políticos.
5 Comments:
Louvo a aprovação da marcação de novo referendo sobre a IVG. Outra coisa não seria de esperar, pois era um dos pontos do programa eleitoral do PS. Que falta faz à política que outras pessoas se esqueçam das suas promessas. Não, não vou falar do metro mondego...
By Humberto Coelho, at 3:20 da manhã
ou melhor, o esquecimento da promessas n faz falta nenhuma. Cumprir o que faz parte do programa é que, a meu ver, deve ser elogiado... e aí o Eng Sócrates está lá para deixar a sua marca. Muito bem..
By Humberto Coelho, at 3:22 da manhã
Pessoalmente, concordo com a relaização de referendos. São dos poucos momentos em que os cidadãos sentem que decidem directamente sobre determinada matéria. Se se "estão nas tintas" é culpa deles...
Quanto a cumprimento de promessas pelo Eng. Sócrates, não me apetece agora falar de impostos!
By Ricardo, at 11:30 da manhã
Lá está, cumpre uma promessa mas não vai resolver o problema.
E a promessa de não aumentar os impostos? Aumentou os impostos alegando que a situação do país assim o obrigava, podia ter dito o mesmo agora, que não havia condições para realizar o referendo e aprovava a lei na Assembleia da República.
Não sei para que é que o Metro Mondego é para aqui chamado.
By M, at 11:33 da manhã
Não sou contra este referendo nem contra os referendos, até acho que este instrumento devia ser mais utilizado. O referendo à IVG é o mínimo que se pode fazer, bem melhor que a proposta do CDS-PP.
By M, at 11:37 da manhã
Enviar um comentário
<< Home