Sócrates, o anti-corporativista
O M. no post anterior chamou, e muito bem, a atenção para o facto de existirem "direitos adquiridos" com tudo o que isso implica numa sociedade que se quer justa, denotando solidariedades corporativas dignas de um terceiro-mundismo, ignorando tudo aquilo que não faz parte do seu circulo de interesses. Não vale a pena arranjar culpados à pressão. Quase todos os que repartiram o poder neste país tem, com certeza, a sua quota de responsabilidade. O Eng. Sócrates demonstra, e muito bem, que não há sectores intocáveis na sociedade portuguesa, e os portugueses aplaudem essa estratégia, como se comprova nos mais recentes estudos de opinião. Talvez porque demonstra que não só os mais fracos devem pagar a crise -como aconteceu, se bem nos lembramos, há pouco tempo atrás-, mas que todos os sectores da sociedade devem repartir os efeitos de uma crise cíclica. Ouve-se os portugueses na rua a exigir que todos a paguem, inclusive os tais sectores corporativos.
Deixo o conselho a essas corporações -o M. já referiu algumas no seu post- de em vez de se preocuparem em criar uma auto-imunidade em tempos de crise, contribuam para termos um sector público mais transparente e com maior eficiência. Se não o fizerem, os portugueses continuarão do lado de quem combate essa impunidade. Os interesses corporativos não podem gritar se o que defendem for contra os interesses da generalidade dos portugueses, como acontece neste momento. Só eles é que ainda não acordaram para essa realidade. Até lá, o Eng. Sócrates agradece as prendas que lhe vão oferecendo. O homem promete... espero que tenho a mesma coragem durante os quatro anos do seu mandato.
Deixo o conselho a essas corporações -o M. já referiu algumas no seu post- de em vez de se preocuparem em criar uma auto-imunidade em tempos de crise, contribuam para termos um sector público mais transparente e com maior eficiência. Se não o fizerem, os portugueses continuarão do lado de quem combate essa impunidade. Os interesses corporativos não podem gritar se o que defendem for contra os interesses da generalidade dos portugueses, como acontece neste momento. Só eles é que ainda não acordaram para essa realidade. Até lá, o Eng. Sócrates agradece as prendas que lhe vão oferecendo. O homem promete... espero que tenho a mesma coragem durante os quatro anos do seu mandato.
1 Comments:
Medidas avulsas em vários sectores não resolvem o problema, ajudam mas não resolvem. Onde estão as grandes reformas? Sempre vão ser feitas ou não haverá coragem? Uma ou outra medida não chega. Até agora foi feito muito pouco. As reformas não trarão popularidade e estão aí as Autárquicas por isso para o partido é bom que sejam adiadas, depois virão as presidenciais e serão novamente adiadas. Mas até quando?
Isto partindo do pressuposto que há realmente vontade de as fazer, o que já é ser optimista.
By M, at 4:11 da tarde
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