Factura da água aumenta 12,5% em Coimbra
O aumento de 12,5%, decretado a partir de 1 de Janeiro de 2006, no preço da água na rede de abastecimento público do concelho de Coimbra é claramente excessivo. Para além disso, sendo o consumo de água inelástico, ou seja variando muito pouco com o aumento de rendimento, essa medida prejudica economicamente sobretudo as famílias com menores rendimentos, nomeadamente os idosos. É uma medida que vai contra o princípio de solidariedade e de justiça social.
Um amigo meu, de direita, argumentou numa tertúlia informal que eu não deveria criticar o aumento excessivo da factura da água imposta pela direita e ficar calado com aumento do preço do tabaco decidido pelo governo. Engana-se, pois jamais podemos comparar bens de necessidade primária, como é o caso da água, com bens superfúlos, para não dizer mesmo de luxo. E com o aumento do tabaco, perdoem-me os fumadores, estou completamente de acordo. Pena que se tenha aumentado tão pouco.
posted by Humberto Coelho at
1:32 da manhã
4 Comments:
Fico feliz por teres, finalmente, conseguido ultrapassar o episódio traumático de dia 9 de Outubro último e possas, agora, retomar o combate socialista local. Claro que voltas a cair no erro de sempre, ignorando, ao sabor da cor partidária, a distância (mais que relevante) entre o querer e o dever.
Se bem que o exemplo do aumento do tabaco é bem escolhido – talvez mesmo o melhor –, é igualmente verdade que voltas a ignorar outras subidas de produtos promovidas pelo partido do Governo, que, certamente, figurariam numa lista de “bens de necessidade primária” por ti redigida.
Agora, que o preço(12,5%) é excessivo isso é certo. Incomportável até para inúmeros orçamentos familiares. No entanto, não posso deixar de referir que, nos tempos recentes, tenho aprendido a viver sucessivos aumentos – não só em bens mas também na carga fiscal –, justificados com as despesas do Estado, e a (real) possibilidade de adiarmos, por tempo indeterminado, a tão desejada retoma.
Eu engulo as medidas, vindas do “teu” partido, necessárias e realistas – há que admitir –, para bem do nosso país… TRATA DE FAZER O MESMO PELA CIDADE ONDE VIVES.
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Anónimo, at 12:16 da tarde
Caro Pedro:
Desafio-te a fazeres um exercício de memória comigo. Bem sei que por vezes a nossa memória é curta. Vamos ver se a te consigo avivar.
Recordas-te do dr. Durão Barroso, então primeiro-ministro de Portugal e a dra. Ferreira Leite que em princípios de 2004 terem dito que a retoma aí estava?
Estou convencido que sim...
Pergunto eu: onde estava a retoma do Durão e da Ferreira Leite? Enfim, o PSD deixou o país no estado financeiro que todos conhecemos.
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Humberto Coelho, at 1:35 da tarde
As coisas não se explicam de forma tão simples. Sublinho, mais mais uma vez, a concordância com a visão realista deste Governo, se bem que dura, necessária para um futuro equílibrio económico - não dos nossos filhos, mas sim dos netos (que eu só optimista, mas nem tanto).
Agora, quanto às raizes desta instabilidade, como tu próprio dizes a memória por vezes é capaz de nos trair... portanto, nem vou puxar por uma questão que ultrapassa os nossos próprios nascimentos. Quem sabe, um dia, nos possamos encontrar pessoalmente e, com o apoio de factos históricos a que tive a felicidade de não assistir, colocar em cima da mesa as responsabilidades inerentes à esquerda portuguesa e, por que não dizê-lo, aos membros do Partido Socialista.
P.S.: Mais uma vez escapou-te o essencial, que seria abordar a questão da água, em Coimbra. Concordas com as chamadas medidas de austeridade a nível nacional (as do PS) e renegas as de nível local (as do PSD). O que, mais uma vez, prova a tua total parcialidade e falta de honestidade intelectual. É pena!
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Anónimo, at 11:35 da manhã
Where did you find it? Interesting read » »
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Anónimo, at 7:24 da tarde
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